Instagram como lugar de memória
Resumen
Discute a relação da rede social Instagram com a memória, a fim de tornar compreensíveis seus constructos teóricos basilares e suas características com o objetivo de chamar a atenção para a importância para a fotografia como memória visual do mundo físico e natural. Sontag (1981) afirma que com o tempo a fotografia começou um processo de “[...] democratização de todas as experiências através de sua tradução por imagens” e, para tanto, este trabalho, do ponto de vista teórico, busca os estudos e relatos sobre como a plataforma Instagram, contribui para manutenção do memorial dos usuários post-mortem através da função memorial e dos perfis que fazem homenagens póstumas de usuários. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, com levantamento bibliográfico, documental e relatos como procedimento para a construção do referencial teórico. Conclui-se, diante da temática, que a fotografia, mesmo no ambiente das redes sociais, ainda conserva seu caráter simbólico, ocasionalmente criando identificação tanto com o objeto retratado, quanto com a representação de um momento, uma experiência ou um passado.
Descargas
Citas
AUMONT, J. A imagem. 16 ed. São Paulo: Papirus, 2012.
BAUDRILLARD, J. Diálogo com Jean Baudrillard: além do princípio da memória do social. In: CASALEGNO, Federico (Org). Memória cotidiana: comunidades e comunicação na era das redes. Porto Alegre: Sulina, 2006. (Referência não citada no corpo do texto)
BATISTA, N. Fotografia e Memória: Contra a ação do tempo, a foto fortalece a tradição das técnicas de memorização. – Revista Belas Artes. Ano 7, n.19, set-dez 2015. Disponível em: http://www.belasartes.br/revistabelasartes/downloads/artigos/1/revista-ba-foto-memoria.pdf. Acesso em: 19 set. 2020.
DUARTE, F.; FREI, K.Redes urbanas. In: O tempo das redes. [S.l.]: EditoraPerspectiva, 2008.
GANTZ, J. The diverse and exploding digital universe: an updated forecast of the worldwide information growth through 2011. [S.l.] :International Data Corporation (IDC), 2008. Disponível em: http://book.itep.ru/depository/forecasts/book268.pdf. Acesso em: 21 set. 2020.
GOMES, M. E. Existe vida depois da morte… Veja Abril, 2020. Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/marcos-emilio-gomes/existe-vida-depois-damorte/. Acesso em: 18 set. 2020.
GRIMALDI, S.S. L.; ROSA, M. N. B.; LOUREIRO, J. M. M.; OLIVEIRA, B. F. O patrimônio digital e as memórias líquidas no espetáculo do Instagram. Perspect. ciênc. inf. [online]. 2019, vol. 24, n.4, pp. 51-77. Epub Feb 10, 2020. ISSN 1981-5344.
INSTAGRAM corre para lançar função de 'memorial' em perfil de usuário morto. Tecnoblog:tecnologia que interessa, 2020. Disponível em: https://tecnoblog.net/247956/referencia-site-abnt-artigos/. Acesso em: Acesso em: 20 set. 2020.
HALBWACHS, M. A memória coletiva. Edições Vórtice, São Paulo, 1990.
MENDONÇA, A.; Werneck, G. Coronavírus: jornalistas desenvolvem memorial on-line para vítimas da doença. Estado de Minas, 2020. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2020/05/06/interna_gerais,1144934/coronavirus-jornalistas-desenvolvem-memorial-on-line-para-vitimas-da.shtml. Acesso em: 20 set. 2020.
MEUDLERS, M.; Brion, S.; e Lieury, A. "Mémoire", em EncyclopaediaUniver.mlis, vol. X, EncyclopaediaUniversalis France, Paris. pp. 785-91.
LE GOFF, J. História e memória. 5. ed. Campinas: Unicamp, 2003.
RECUERO, R. Estratégias de personalização e sites de redes sociais: um estudo de caso da apropriação do Fotolog.com. Comunicação, mídia e consumo. São Paulo, vol.5, n.12, p.35-56. Mar. 2008.
RICHTER, E. I. S.; GARCIA, O. M. C.; PENNA, E. F. Introdução à Arquivologia. 2ª edição – Santa Maria: FACOS – UFSM, 2004.
REUTERS INSTITUTE DIGITAL NEWS REPORT 2020. Social media preferences also becoming more visual. Julho, 2020. Disponível em: https://reutersinstitute.politics.ox.ac.uk/sites/default/files/2020-06/DNR_2020_FINAL.pdf. Acesso em: 18 set. 2020.
SANTAELLA, L. As linguagens como antídoto ao midiacentrismo. MATRIZes, São Paulo, ano 1, n. 1, p. 75-97, jul/dez. 2007. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/1430/143017362005.pdf. Acesso em: 19 set. 2020.
SONTAG. S. Sobre fotografia. Companhia das Letras. 2004.
SIBILIA, P. O Show do Eu: A intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2016. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010478412017000100011. Acesso em: 18 set. 2020.
SILVA, I. C. O. A memória social registrada no Facebook. Revista Conhecimento em Ação, n. 1, v. 1, 2016. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/rca/article/view/2879. Acesso em: 18 set. 2020.
SILVA, S. L. #TBT: resgate da memória no Instagram? Trabalhos de Conclusão de Curso – TCC (Jornalismo), 2019. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/28297/1/_tcc_.pdf. Acesso em: 20 set. 2020.
Todos os artigos publicados na Revista Scientiarum Historia recebem a licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).
Todas as publicações subsequentes, completas ou parciais, deverão ser feitas com o reconhecimento, nas citações, da Revista Scientiarum Historia como a editora original do artigo.