A dependência cultural no pensamento de Celso Furtado
Abstract
The objective of the work is to analyze Celso Furtado's reflection on cultural dependence, developed from the 1970s onwards, showing it as one of the factors for the continuity of Latin American underdevelopment. The working hypothesis is that cultural dependence contributes to the continuation of underdevelopment by limiting economic, social and technological development within the reality of underdeveloped nations, as there is, in fact, an uncritical import of consumption and production paradigms from developed countries, not suited to peripheral reality. The method of this work uses the analytical tools of the language of John Pocock's political ideology, Karl Mannheim's sociology of knowledge and Karl Marx's historical-dialectical materialism. This means that the historical-material-political-linguistic context in which Furtado produces his reflection will be considered, placing it in the debate on Latin American development and its challenges.
Downloads
References
Bielschowsky, Ricardo. Pensamento econômico brasileiro: o ciclo ideológico do desenvolvimentismo. 5ª edição. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000.
Cardoso, Fernando Henrique; FALETTO, Enzo. Dependência e desenvolvimento na América Latina. 7ª edição. Rio de Janeiro: Zahar, 1984 (1970).
dos Santos, Theotonio. El nuevo carácter de dependência. Santiago do Chile: Centro de Estudios Sócio-Económicos, 1967.
dos Santos, Theotonio. A teoria da dependência: balanço e perspectivas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
Dosman, Edgar. Raúl Prebisch (1901-1986): a construção da América Latina e do terceiro mundo. Rio de Janeiro: Contraponto: Centro Internacional Celso Furtado, 2011.
Furtado, Celso. Economia colonial no Brasil nos séculos XVI e XVII. São Paulo: HUCITEC, ABPHE, 2001 (Tese de Doutorado, 1948).
Furtado, Celso. Características gerais da economia brasileira. Revista Brasileira de Economia, ano 4, nº 1, 1950, p. 7-36.
Furtado, Celso. A programação do desenvolvimento econômico II. Revista do Conselho Nacional de Economia. Rio de Janeiro, v. 2, nº 19-20, novembro-dezembro 1953, p. 11-15.
Furtado, Celso. A economia brasileira. Rio de Janeiro: Editora A Noite, 1954.
Furtado, Celso. A técnica do planejamento econômico. Revista de Ciências Econômicas da Ordem dos Economistas de São Paulo, ano XI, 70, 1954a, p. 3-13.
Furtado, Celso. Uma economia dependente. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1956.
Furtado, Celso. Setor privado e poupança. Econômica Brasileira. Rio de Janeiro, v. II, 2, abril-junho 1956a, p. 100-2.
Furtado, Celso. Perspectivas da economia brasileira. Rio de Janeiro: ISEB, 1958.
Furtado, Celso. Fundamentos da programação econômica. Econômica Brasileira. Rio de Janeiro, v. IV, 1-2, janeiro-junho 1958a, p. 39-44.
Furtado, Celso. Formação econômica do Brasil. 34ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2007 (1ª edição: 1959).
Furtado, Celso. A pré-revolução brasileira. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1962.
Furtado, Celso. Dialética do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1964.
Furtado, Celso. Subdesenvolvimento e estagnação na América Latina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966.
Furtado, Celso. Um Projeto para o Brasil. Rio de Janeiro: Saga, 1968.
Furtado, Celso. Brasil: da República oligárquica ao Estado militar. In: FURTADO, Celso. (org.). Brasil: tempos modernos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968a, p. 1-23.
Furtado, Celso. Análise do “modelo” brasileiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982 (1972).
Furtado, Celso. O mito do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.
Furtado, Celso. Prefácio a nova economia política. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
Furtado, Celso. Criatividade e dependência na civilização industrial. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
Furtado, Celso. A fantasia desfeita. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.
Furtado, Celso. Ensaios sobre cultura e o Ministério da Cultura; organização Rosa Freire d’Aguiar Furtado. Rio de Janeiro: Contraponto: Centro Internacional Celso Furtado, 2012
Graciarena, Jorge. Poder y estilos de desarrollo. Una perspectiva heterodoxa. Revista de la CEPAL, n. 1, p. 173-193, 1º sem. 1976.
Malta, Maria; Curty, Carla. Elementos metodológicos para a organização da história do pensamento econômico brasileiro: a abordagem das controvérsias. In: MALTA, Maria; LEÓN, Jaime; CURTY, Carla; BORJA, Bruno (orgs.). Controvérsias do pensamento econômico brasileiro: história, desenvolvimento e revolução. Rio de Janeiro: Mórula, 2022.
Mannheim, Karl. Ideologia e utopia. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1986 (1936).
Marini, Ruy Mauro. Dialética do desenvolvimento capitalista no Brasil. In: MARINI, Ruy Mauro. Subdesenvolvimento e revolução. 5. ed. Florianópolis: Insular, 2014 (1969).
Marx, Karl. Grundrisse. São Paulo: Boitempo, 2011 (1857-1859).
Marx, Karl. Contribuição à crítica da economia política. 2. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2008 (1859).
Marx, Karl. O capital. Teorias da mais-valia: história crítica do pensamento econômico. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1987 (1906-1910).
Medeiros, Fágner João Maia. A gênese do enfoque de estilos de desenvolvimento na América Latina. Cadernos do Desenvolvimento, Rio de Janeiro, v. 16, n. 29, p. 77-103, maio-ago. 2021.
Pinto, Aníbal. Notas sobre estilo de desarrollo em América Latina. Revista de la CEPAL, n. 1, p. 97-128, 1º sem. 1976.
PLANO TRIENAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL 1963-65 ([1962] 2011). In: Rosa Freire d’Aguiar Furtado (Ed.), O Plano Trienal e o Ministério do Planejamento. Rio de Janeiro: Contraponto, Centro Internacional Celso Furtado.
Pocock, John. Linguagens do ideário político. São Paulo: Editora da USP, 2003.
Tavares, Maria da Conceição. Da substituição de importações ao capitalismo financeiro: ensaios sobre a economia brasileira. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.
Copyright (c) 2025 Scientiarum Historia Magazine

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todos os artigos publicados na Revista Scientiarum Historia recebem a licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).
Todas as publicações subsequentes, completas ou parciais, deverão ser feitas com o reconhecimento, nas citações, da Revista Scientiarum Historia como a editora original do artigo.